sexta-feira, 11 de março de 2011

Homenagem a Umirim

Nestes versos que aqui faço
O meu lugar cantarei
Situado no Ceará
Sertão que sempre amarei
A Deus imploro clareza
Socorro sei que terei.

Esta cidade querida
Nem sempre Umirim se chamou
Há tempos Riacho da Sela
O povo a denominou
Riacho da Sela, uma lenda
Assim Tia Duqueza contou.

Dizem os mais velhos da terra
A data ninguém se lembrou
Numa tarde fria de inverno
Aqui um Padre passou
Tinha consigo um cavalo
Indo a Sobral caminhou.

Veja só que infortúnio
Indo o Padre a rezar
Debaixo de forte chuva
A fim de logo chegar
Disse: Deus do céu me ajude,
Este riacho atravessar.

Parou, dobrou os joelhos
Aos céus pediu proteção
Depois montou no cavalo
Rezando, seguiu, então
O triste fim deste Padre
Era o assunto do sertão.

Incrível o que aconteceu
Relembra minha informante
Ao passar em águas fundas
Deu-se algo interessante
Em correnteza arrastado
Uniu-se a Deus nesse instante.

Muitos dias procuraram
Insistentemente o senhor
Rio acima, rio abaixo
Infelizmente o riacho o levou
Mas a sela do cavalo
O riacho não arrastou.

Riacho da Sela, uma lenda
Imortalizada pela gente
Altaneira, gente humilde,
Cheia de fé, povo crente.
Hoje se chama Umirim
Onde jaz povo decente.

Deixo aqui esta história
A quem quiser conhecer
Se ainda quiser comprovar
E mais ainda saber
Levanta! Vem visitar
A terra que me viu nascer.

Contei aqui a versão
Lendária de minha cidade
O que aconteceu outrora
Digo ao povo de agora
O fato é realidade
A história é mesmo verdade
Levo comigo até o fim
De Riacho da Sela a Umirim
O “causo” é sinceridade.


C. Rodrigues
Umirim, 18 de março de 2008

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